segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

A Barbie precisa ser feliz! Sempre!


Papai me chama de boneca.
Isso soa nos dias de hoje como piada.
A boneca já foi muito machucada, magoada. Hematomas.
Algumas bonecas falam. Outras choram.
A minha boneca interior cala. Sufoca sentimentos até não suportar mais.
Eu sinto muito mesmo ter me calado diante de certas situações na minha vida.
De ter permitido certas atitudes para comigo.

Pra quem não sabe, eu já fui fraca. Dependente.
Dependente de sentimentos. Dependente principalmente do medo.
Mas hoje estou curada e peço á todas as mulheres: não tenham medo.
Denunciem agressões, assédios, por que as bonecas não podem morrer.
Eu morrí. Por dentro. E não ressuscitei.
Não quero que o mesmo aconteça com as outras amiguinhas da Barbie.
Pra se ter idéia, segundo dados, a cada 15 segundos, uma mulher é espancada no país.
Ficou impressionado?
Não fique. Foi seu machismo, seu medo de perder seu mundo cheio de pintos ; de ver que os espaços destinados exclusivamente para homens foi invadido cada vez mais por nós, seres frágeis, mas hábeis.

Repito: não se calem.
Pais, irmãos, namorados, maridos, ou quem quer que seja.
Denuncie.
Não se cale como eu calei.
Por que atrapalhei as estatísticas. Eu não denunciei.

Aqui vai um trecho de um texto que eu achei num site que fala sobre a violência contra as mulheres.

Aqui está o link do site pra quem quiser ler mais sobre o assunto, afinal, saber mais sempre é bom!

Link!

O que é violência contra a mulher?

Na definição da Convenção de Belém do Pará (Convenção Interamericana para Prevenir, Punir e Erradicar a Violência Contra a Mulher, adotada pela OEA em 1994), a violência contra a mulher é “qualquer ato ou conduta baseada no gênero, que cause morte, dano ou sofrimento físico, sexual ou psicológico à mulher, tanto na esfera pública como na esfera privada”.

“A violência contra as mulheres é uma manifestação de relações de poder historicamente desiguais entre homens e mulheres que conduziram à dominação e à discriminação contra as mulheres pelos homens e impedem o pleno avanço das mulheres...”

Declaração sobre a Eliminação da Violência contra as Mulheres, Resolução da Assembléia Geral das Nações Unidas, dezembro de 1993.

A Conferência das Nações Unidas sobre Direitos Humanos (Viena, 1993) reconheceu formalmente a violência contra as mulheres como uma violação aos direitos humanos. Desde então, os governos dos países-membros da ONU e as organizações da sociedade civil têm trabalhado para a eliminação desse tipo de violência, que já é reconhecido também como um grave problema de saúde pública.

Segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde), “as conseqüências do abuso são profundas, indo além da saúde e da felicidade individual e afetando o bem-estar de comunidades inteiras.”

De onde vem a violência contra a mulher?

Ela acontece porque em nossa sociedade muita gente ainda acha que o melhor jeito de resolver um conflito é a violência e que os homens são mais fortes e superiores às mulheres. É assim que, muitas vezes, os maridos, namorados, pais, irmãos, chefes e outros homens acham que têm o direito de impor suas vontades às mulheres.

Embora muitas vezes o álcool, drogas ilegais e ciúmes sejam apontados como fatores que desencadeiam a violência contra a mulher, na raiz de tudo está a maneira como a sociedade dá mais valor ao papel masculino, o que por sua vez se reflete na forma de educar os meninos e as meninas. Enquanto os meninos são incentivados a valorizar a agressividade, a força física, a ação, a dominação e a satisfazer seus desejos, inclusive os sexuais, as meninas são valorizadas pela beleza, delicadeza, sedução, submissão, dependência, sentimentalismo, passividade e o cuidado com os outros.

Por que muitas mulheres sofrem caladas?

Estima-se que mais da metade das mulheres agredidas sofram caladas e não peçam ajuda. Para elas é difícil dar um basta naquela situação. Muitas sentem vergonha ou dependem emocionalmente ou financeiramente do agressor; outras acham que “foi só daquela vez” ou que, no fundo, são elas as culpadas pela violência; outras não falam nada por causa dos filhos, porque têm medo de apanhar ainda mais ou porque não querem prejudicar o agressor, que pode ser preso ou condenado socialmente. E ainda tem também aquela idéia do “ruim com ele, pior sem ele”.

Muitas se sentem sozinhas, com medo e vergonha. Quando pedem ajuda, em geral, é para outra mulher da família, como a mãe ou irmã, ou então alguma amiga próxima, vizinha ou colega de trabalho. Já o número de mulheres que recorrem à polícia é ainda menor. Isso acontece principalmente no caso de ameaça com arma de fogo, depois de espancamentos com fraturas ou cortes e ameaças aos filhos.


Fica a mensagem a se pensar.
Isso é muito sério.
Muito mesmo.

Qualquer coisa, é só ligar. O número é 180. Ou 190.

E que as bonecas vivam em suas casinhas de sonho felizes para sempre!

Afinal, eu ainda espero meu conto de fadas. Meu Ken.

Desejo um mundo melhor. Amores melhores.



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