quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Beatíssima







Tá certo, a partir de hoje está decidido: vou ser beata, beatíssima.
No superlativo mesmo!

Vcs meninas, acham que vou perder uma missa depois que ví no Malvadas estes padres que estão num calendário vendido aos arredores de Roma?

Jamé! Nunca! Tadoidé?

Que a Santa Madre Igreja me perdoe... mas [ vão ser gostosos assim lá na sacristia!!!!!!!!!!!]

ahuahauahauhauahauhauahauha

Mon Dieu! agora é só babar no teclado... amém!

Santa Chuva

Santa Chuva

[Marcelo Camelo - un Hermano!]



Vai chover de novo, deu na TV
Que o povo já se cansou de tanto o céu desabar
E pede a um santo daqui que reze ajuda de Deus
Mas nada pode fazer se a chuva quer é trazer você pra mim
Vem cá que ta me dando uma vontade de chorar
Não faz assim, não vá pra lá
Meu coração vai se entregar à tempestade
Quem é você pra me chamar aqui se nada aconteceu?
Me diz, foi só amor ou medo de ficar sozinho outra vez?
Cadê aquela outra mulher? Você me parecia tão bem!
A chuva já passou por aqui, eu mesma que cuidei de secar
Quem foi que te ensinou a rezar?
Que santo vai brigar por você?
Que povo aprova o que você fez?
Devolve aquela minha TV que eu vou de vez
Não há porque chorar por um amor que já morreu
Deixa pra lá, eu vou, adeus
Meu coração já se cansou de falsidade...



_______________

Bom, como já perceberam, eu amo a parceria de Marcelo Camelo e Maria Rita...

A interpretação dela é maravilhosa!






bjos á todos!

o/

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Cantadas de "predeiro"

"Cantadas Pedreiras"

1. Ocê é o ovo que faltava na minha marmita.
2. Eu bebia o mar se ocê fosse o sal.
3. Não sabia que fror nascia no asfaltu.
4. Tô fazenu uma campanha de doação de órgãos! Quer o meu?
5. Nossa, ocê é tão linda que não caga, lança bombom! Ocê num peida, solta prefumi! Ocê num arrota, evapora xero di banquete!
6. Ohhh… essa muié e mais um saco de bolacha, eu passo um mês…
7. Ocê é sempre assim, ou tá fantasiada de gostosa?
8. Ocê é a areia do meu cimentu.
9. Ahhh se eu pudesse e meu dinheiro desse!
10. Suspende as frita…. o filé já chegou!
11. Ocê num usa calcinha, ocê usa porta-jóia.
12. Aê cremosa… Vou te passar no pão e te comer todinha!!
13. O que que esse bombonzinho está fazendo fora da caixa??
14. Ocê num é pescoço mais mexeu com a minha cabeça!
15. Sexo mata!!! Quer morrer feliz?
16. Vamu pru meu barraco fazê as coisa que eu ja falei pra todo mundo que nois faiz?
17. Ocê é a lua de um luau…. Quando te vejo só digo - uau uau!
18. Nossa, quanta carne…. e eu lá em casa comendo ovo!
19. Essa sua brusa ia ficá ótima toda amassada no chão do meu barraco amanhã de manhã!
20. Se ocê fosse um sanduíche teu nome ia ser X-Princesa…



____________

Vsf com tanta merda... Ví no lostindesign

Pra descontrair um pouco...

Já que tá na merda, come um pouco dela!

ahuahauhauahuahauhaua

estourodriguiana...

Os noivos

Nelson Rodrigues


Quando Salviano começou a namorar Edila, o pai o chamou:

— Senta, meu filho, senta. Vamos bater um papo.

Ele obedeceu:

— Pronto, papai.

O velho levantou-se. Andou de um lado para outro e senta de novo:

— Quero saber, de ti, o seguinte: esse teu namoro é coisa séria? Pra casar?

Vermelho, respondeu:

— Minhas intenções são boas.

O outro esfrega as mãos.

— Ótimo! Edila é uma moça direita, moça de família. E o que eu não quero para minha filha, não desejo para a filha dos outros. Agora, meu filho, vou te dar um conselho.

Salviano espera. Apesar de adulto, de homem-feito, considerava o pai uma espécie de Bíblia. O velho, que estava sentado, ergue-se; põe a mão no ombro do filho:

— O grande golpe de um namorado, sabe qual é? No duro? — E baixa a voz: — É não tocar na pequena, não tomar certas liberdades, percebeu?
Assombro de Salviano: "Mas, como? Liberdades, como?".

E o pai:

— Por exemplo: o beijo! Se você beija sua namorada a torto e a direito, o que é que acontece? Você enjoa, meu filho. Batata: enjoa! E quando chega o casamento, nem a mulher oferece novidades para o homem, nem o homem para a mulher. A lua-de-mel vai-se por água abaixo. Compreende?

Abismado de tanta sabedoria, admitiu:

— Compreendi.


A SOMBRA PATERNA


Na tarde seguinte, quando se encontrou com a menina, tratou de resumir a conversa da véspera. Terminou, com um verdadeiro grito de alma:

— Muito bacana, o meu pai! Tu não achas?

Edila, também numa impressão profunda, conveio: "Acho”.

— Concordas?

Foi positiva:

— Concordo.

Pouco antes de se despedir, Salviano batia no peito:

— Dizem que ninguém é infalível. Pois eu vou te dizer negócio: meu pai é infalível, percebeu? Infalível, no duro


O BEIJO


Nesse dia, coincidiu que a mãe de Edila também a doutrinasse sobre as possibilidades ameaçadoras de qualquer namoro. E insistiu, com muito empenho, sobre um ponto que considerava importantíssimo:

— Cuidado com o beijo na boca! O perigo é o beijo na boca!

A garota, espantada,protestou

— Ora, mamãe!

E a velha:

— Ora o quê? É isso mesmo! Sem beijo não há nada, está ,.tudo muito bem. OK. E com beijo pode acontecer o diabo. Você é muito menina e talvez não perceba certas coisas. Mas pode ficar certa: tudo que acontece de ruim, entre um homem e uma mulher, começa num beijo!


O IDÍLIO


Foi um namoro tranqüilo, macio, sem impaciências, arrebatamentos. Sob a inspiração paterna, ele planificou o romance, de alto a baixo, sem descurar de nenhum detalhe. Antes de mais nada, houve o seguinte acordo:

— Eu não toco em ti até o dia do casamento.

Edila pergunta:

— E nem me beija?

Enfiou as duas mãos nos bolsos:

— Nem te beijo. OK?

Encarou-o, serena:

— OK.

Dir-se-ia que este assentimento o surpreendeu. Insinua:

— Ou será que você vai sentir falta?

— De quê?

E Salviano, lambendo os beiços:

— Digo falta de beijos e, enfim, de carinho.

Sorriu, segura de si:

— Não. Estou cem por cento com teu pai. Acho que teu pai está com a razão.

Salviano não sabe o que dizer. Edila continua, com o seu jeito tranqüilo:

— Sabe que essas coisas não me interessam muito? Eu acho que não sou como as outras. Sou diferente. Vejo minhas amigas dizerem que beijo é isso, aquilo e aquilo outro. Fico boba! E te digo mais: eu tenho, até, uma certa repugnância. Olha como eu estou arrepiada, olha, só de falar nesse assunto!


O VELHO


Desde menino, Salviano se habituara a prestar contas quase diárias ao pai, de suas idéias, sentimentos e atos. O velho, que se chamava Notário, ouvia e dava os conselhos que cada caso comportava. Durante todo o namoro com Edila, seu Notário esteve, sempre, a par das reações do filho e da futura nora. Salviano, ao terminar as confidências, queria saber: "Que tal, papai?". Seu Notário apanhava um cigarro, acendia-o e dava seu parecer, com uma clarividência que intimidava o rapaz:

— Já vi que essa menina tem o temperamento de uma esposa cem por cento. A esposa deve ser, mal comparando, e sob certos aspectos, um paralelepípedo. Essas mulheres que dão muita importância à matéria não devem casar. A esposa, quanto mais fria, mais acomodada, melhor!

Salviano retransmitia, tanto quanto possível, para a namorada, as reflexões paternas. Edila suspirava: "Teu pai é uma simpatia!". De vez em quando, o rapaz queria esquecer as lições que recebia em casa. Com uma salivação intensa, o olhar rutilante, tentava enlaçar a pequena. Edila, porém, era irredutível; imobilizava-o:

— Quieto!

Ele recuava:

— Tens razão!


CATÁSTROFE


Um dia, porém, o dr. Borborema, que era médico de Edila e família, vai procurar Salviano no emprego. Conversam no corredor. O velhinho foi sumário: "Sua noiva acaba de sair do meu consultório. Para encurtar conversa: ela vai ser mãe!". Salviano recua, sem entender:

— Mãe?!...

E o outro, balançando a cabeça: "Por que é que vocês não esperaram, carambolas? Custava esperar?". Salviano travou-lhe o braço, rilhava os dentes: "De quantos meses?". Resposta: "Três". Dr. Borborema já se despedia: "O negócio, agora, já sabe: é apressar o casamento. Casar antes que dê na vista". Petrificado, deixou o médico ir. No corredor do emprego, apertava a cabeça entre as mãos: "Não é possível! Não pode ser!". Meia hora depois, desembarcava e invadia, alucinado, a casa do pai. Arremessou-se nos braços de seu Notário, aos soluços.

— Edila está nessas e nessas condições, meu pai! — E, num soluço mais,fundo, completa: — E não fui eu! Juro que não fui eu!


MISERICÓRDIA


Foi uma conversa que se alongou por toda uma noite. No seu desespero inicial, ele berrava: "Cínica! Cínica!". E soluçava: "Nunca teve um beijo meu, que sou seu noivo, e vai ter o filho do outro!". O pai, porém, conseguiu, após poucos, aplacá-lo. Sustentou a tese de que todos nós, afinal de contas, somos falíveis e, particularmente, as mulheres: "Elas são de vidro", afirmava. Alta madrugada, o pobre-diabo pergunta: "E eu? Devo fazer o quê?". Justiça se lhe faça - o velho foi magnífico: "Perdoar. Perdoa, meu filho, perdoa!". Quis protestar: "Ela merece um tiro!". Mais que depressa, seu Notário atalha:
— Ela, não, nunca! Ele, sim! Ele merece!

— Quem?

Baixa a voz: "O pai da criança! Esse filho não caiu do céu, de pára-quedas! Há um culpado". Pausa. Os dois se entreolham. Seu Notário segura o filho pelos dois braços:

— Antes de ti, Edila teve um namorado. Deve ter sido ele. Se fosse comigo, eu matava o cara que...

Ergue-se, transfigurado, quase eufórico: "Tem razão, meu pai! O senhor sempre tem razão!".


O INOCENTE


Pôde, assim; desviar da noiva o seu ódio De manhã, passou pela casa de Edila. Com apavorante serenidade, em voz baixa, pediu o nome do culpado. Diante dele, a garota torcia e destorcia as mãos: "Não digo! Tudo, menos isso!". Ele sugeria, desesperado: "Foi o Pimenta?". O Pimenta era o antigo namorado de Edila. Ela dizia: "Não sei, não sei!". Salviano saiu dali certo. Procurou o outro, que conhecia de nome e de vista. Antes que o Pimenta pudesse esboçar um gesto, matou-o, com três tiros, à queima-roupa. E fez mais. Vendo um homem, um semelhante, agonizar aos seus pés, com um olhar de espanto intolerável, ele virou a arma contra si mesmo e estourou os miolos. Mais tarde, desembaraçado o corpo, foi instalada a câmara-ardente na casa paterna. Alta madrugada, havia, na sala, três ou quatro pessoas, além da noiva e de seu Notário. Em dado momento, o velho bate no ombro de Edila e a chama para o corredor. E, lá, ele, sem uma palavra, aperta entre as mãos o rosto da pequena e a beija na boca, com loucura, gana. Quando se desprendem, seu Notário, respirando forte, baixa a voz:

— Foi melhor assim. Ninguém desconfia. Ótimo.

Voltaram para a sala e continuaram o velório.




________________________


Estes dias escrotos pedem Nelson Rodrigues...



domingo, 27 de setembro de 2009

Eberhart




naum se distinguia qualquer coza. gente podre
espalhada. fedeno. gente de longe. gente de perto.
gente ingual percevejo. dimais. cor di terra. cor di
misera. gado amontoado. xafurdano. eu ele junto.
calado. discreto. diferente no meio da manada.
sentado. cada um com seu pedasso sosomente.
intragavel de calor. sem riso sem palavra sem
afeto. ate qdi silencios a gente tava safogando.
alastrados. y comessou conversa. nada. como
sempre. pra nada dizer. mas ele tava ino pra lugar
ninhum. sem pouso. sem ninguem. qeu pior
digo pensano. por dentro y da lingua pra fora.
eu na vida so aquela maleta. naum por vicio. por
ser assim. ele y eu rino disso tambem. rir
é bom pra misera. pros maleficio. pras ninaria.
rir passa tempo. adormece ate fome. solidaum.
calor. mas doidos pra q tudo findasse. por mim
tava calado. naum me dou me com ninguem.
se pudesse antes de morrer arrumava jeito de matar
todo mundo pra discansar desses inseto antes
da morte. ele calado tava y ficou. vivo como
caum pustulento. eu q naum fugisse. tava morto.
antes longe. antes apartado. agora sopro falar
por falar. lingua fica mofada. cancerosa. com
tempo de tanto nunca naum se falar lingua mofa.
fica paralisada. podre. como si fosse cair. tanto
ele quanto eu agora sgarrava nas palavra. essas q
resta depois de tudo. todos pensa qtou duente.
duente duente uma porra. duente taum eles isso
sim. se bem q naum possa dizer q duente duente
naum teja. porq tudo é duença. é ruim. tou voltano.
dipois de tudo. voltano. como se naum tivesse
partido. mundo virou contra mim. contra. quanto
isso naum minto naum q sem duvida sou culpado
se culpa existe. !sim: vida. vida sim. ?como ser
diferente. minha vida. ?como ter sido diferente.
quem é naum deixa de ser. quem naum é naum
se torna. nisso naum tem culpa. se taum contra
mim é porq fui quem sou. nem mais nem menos.
tratado antes com muita carne. verduras. sopas de
couve verde. frutas. leite. legumes. tudo fresco.
paum. bolos. doces. biscoitos. porisso sempre
muito corado. gordo. de bem. !sim. feliz. sempre
do bem pro bem. !bem. sem olhares. sem riso naum.
depois sifoi dinheiro. foi tempo pelas rua.
completamente doidos. vagando comogado. solto.
caes viviam perseguino. tudo passa. do mal pro bem.
ate essa viagem acaba. ?num é mesmo.



_________________________________

Conto do livro Gorgonas de Alberto Lins Caldas, pestilento esse homem, mas eu adoro!

Quer ler mais? O blog dele - ????????



Aquelas gentes...





Aqui, do alto de minha suntuosa morada, vejo o grande vale verde da vida...
Nunca tive permissão para descer, uma pena, gostaria de viver por entre aquela gente.
Uma gente que briga, sorrí, mata, come, ama, se arranha e faz filhos em tardes quentes, quando o calor trás á pele um tesão dos diabos.

Como eu sei de tudo isso?
É fácil perceber.
Ele*

Ele subiu um dia.
Veio, como quem não quer nada. Um alpinista hermoso e muy cheio de mãos para esta inocente persona. Sorriso fácil e grande capacidade de adaptação. Talvez trouxesse um orgulho ferido, sei lá, mas foi de grande burrice aceitá-lo. Me mostrou tudo oq se fazia lá embaixo. Em especial, lembro das tardes quentes.
O banhava em mel, leite e sexo.
O vinho dos deuses, as horas vagas eternamente.
Planejamos descer fugidos juntos para a morada das gentes normais.
Uma pequena casinha no pé da serra.
Mas, assim, de última hora, ele fugiu.
Acho que ficou assustado. As gentes normais [ou quase] não se deixam transparecer.
Os sentimentos são guardados em cofres do consciente, regidos pela tal Razão.
Talvez tenha sido - eu - sua válvula de escape.
Talvez tenha sido - eu- oque o fez enxergar sua verdade. Sua fiel mortandade.
Deixou apenas os fios de cabelos em minha escova. A cama faltando um apoio. Um encaixe perfeito.
E onde éramos nós.
Eu e ele, para sermos nus.
A sós...

E hoje, aquela cabana está ocupada... ouço crianças ao longe...


__________

Achei que ia dar um tempo nisso aqui, mas escrever é preciso... gosto sempre!


Au revoir!

Vaca!






Porque seu triunfo é maldito e frio como esta noite em que te escrevo!
Dele, tu não colherá flores...
Serão as dores de sempre, a fina faca amolada esperando a hora certa pra encravar a pele daquele...
Te amarrar, amordaçar, encaiporar tua vida...


Um grito, eu te xingo, eu vomito!
Um vômito ácido e nefasto...
Dissabores, cobertores...
Aqueles velhos valores, culpa minha, minha multa!
Um preço alto a se pagar, uma dor vã pra amargar!


Nosso gênero é forte e persistente.
Maldita!
Maldita hora, maldito dia, malditos todos!
Maldita mais eu. Sou eu.
Pobre endecha... que culpa tens da minha amarga cor?
Não é dor. é cor. de coração.
É o circo, já começou!

Ao fim, sempre, sempre lamentação, destruição.
Mais um naco e perco-o por completo.
Mais um naco e o vermelho-vivo faz-se por completo.
Coitado, é só um.
Coração!


Uma vaca alienada
Uma praga ali jogada
Um vento frio e encorpado...
Sentiu o gosto? É sangue...
De tua jugular, dos cabelos arrancados, dos lábios purulentos!
E teu velho argumento caindo nas águas do Rio dos Féretros...


Verdades x Mentiras
Mentir pra quê?
Causar dor? Ah, nisso vocês são profissionais.



Da próxima vez, vá pro México e faça uma novela das boas.
Vocês merecem!



______________________

Sonhei com este texto noite passada e não sei como lembrei de todo o conteúdo...
Tá aí... macabro, digno de Byron...
Será que trago isso na alma?
Ficção ou não, uma vaca! Das mais safadas!
Ah, isso é!

sábado, 26 de setembro de 2009

Ensina-me








Vinte vezes, ensina-me...

01 Como falar da perda de algo que não tive?
02 Como entender a dor real de se desfazer algo que é só fantasia?
03 Como aplacar a fome concreta oriunda de uma subjetiva vontade?
04 Como aceitar a partida de algo que nem sequer foi?
05 Como manter a dignidade ante o desrespeito à autenticidade do que sinto?
06 Como não achar um pecado o doce pecado não cometido?
07 Como sorrir insensível à paixão se dentro ela chora doendo?
08 Como lidar com um futuro que não tem passado e nem sequer é um presente?
09 Como engolir em seco a úmida vontade?
10 Como querer respirar fundo o teu cheiro que me sufoca?
11 Como querer o infinito ao teu lado se o paralelo entre nós também é infinito?
12 Como aplacar a saudade de uma relação que nem começou?
13 Pra que rimar paixão e desilusão, se o verso está quebrado antes mesmo de ser completado?
14 Como destilar o fel de um mel que qual veneno homeopático adoça a insônia amargurada?
15 Como cavalgar a égua de uma paixão indomada enquanto o garanhão do silêncio relincha ao lado?
16 Como atravessar tranqüilo o tempo se o desejo está atravessado?
17 Como me manter ereto se o peito comprime a coluna, que se dobra diante da força de tua imagem interna?
18 Como ser sincero se o jogo pra ser ganho exige perder a explícita autenticidade?
19 Pra que o cuidadoso recato se a paixão incontida extravasa pelos poros descuidada?
20 Como Você me ensinará tudo isto, se os teus olhos são analfabetos e complicam os significados simples de minhas palavras?


______________________________

Retirado do blog: mikroPOESIAS



Acho que o blog vai ficar um tempo em recesso...
Não tenho me sentido bem, e ás vezes é melhor calar...

...
s
ó
o
s
i
l
ê
n
c
i
o
m
e
b
a
s
t
a
.
.
.



segunda-feira, 21 de setembro de 2009

VI Feliz Metal




Curte Metal?

Tá cansado daquela reunião de família sem sal, cheia de parentes chatos para porra?

Ah, então vai curtir o Feliz Metal, em Rio Branco pessoa!

E vai se fuder com a história de que o Acre não existe!
Existe sim e tem cena cultural melhor, cem mil anos luz á frente da gente...

Esta é a VI edição deste evento que está ganhando proporções de nível nacional, tendo em vista que este ano a seleção das bandas ficou á cargo da Roadie Crew [ é, os fodões mesmo!] e traz bandas também de Porto Velho em sua programação [Sortilégio e Bedroyt], vale a pena conferir.

Pra quem quiser maiores informações, tá aqui o blog da Dream Cry Produções, responsável pela realização da "destruição".

Link - Blog Dream Cry Produções



Já estão á venda também as camisetas, no valor de R$ 15,00

A arte é a da imagem da postagem.

É isso aí pessoal!


*************

Transfiguração... Um Cordel...

Cordel do Fogo Encantado e sua Transfiguração...


Pra quem gosta, beleza, pra quem não gosta, se fode! Eu adoro!


ahauhauahauahuahauahuahauahuahauahuahuaahu


Tá aí, Lirinha e sua lírica, lira, lirismos...







\o/


A paixão é um mar
Parabólica
Dilatada
Estrada que dói
Encanto de flor
Labirinto
Espera de redes
Parece toda raiz
Só raiz
Quando não canta o trovão
Transfiguração

Com a sua pele sagrada
E a sua boca sagrada
E a sua vida no chão

Volta que esse mundo só precisa de você
Volta outro homem nunca assim vai te chamar
Não fique ai enterrada
Não fique ai enterrada
Vem para a rua lutar...



***********************************************************************

sábado, 19 de setembro de 2009

Aquela chiveta, aquele canalha!!!!!!





Aquela chiveta

Hoje, enquanto eu trabalhava, apareceu na janela um beija-flor. O que essa porra de beija-flor está fazendo aqui? Meus olhos de homem urbano não captaram aquela figura insignificante como um beija-flor, mas como um pássaro desprezível, irrequieto, com insuportável bater de asas. Detesto aquele pássaro! Lembrei-me de uma antiga amiga, a Fezinha. Na época, estudante de sociologia. Muito gostosinha. Uma filhinha de papai, preocupada com causas nobres. Reflorestamentos, distribuição de renda e outras babaquices chatas pra caralho. Inteligente, falava três ou quatro idiomas. Certa vez ela me disse que existe uma comunidade primitiva – na África, Oceania ou sei lá onde – que valora a alma de um homem por sua capacidade de descrever com palavras belas o vôo de um beija-flor. Viadice! Quem não enxerga beleza no pássaro é expulso da comunidade, tendo de se isolar nas montanhas. Eu lá já teria virado ermitão. Com os olhos de brilho malicioso, a boca sorrindo pura sacanagem, ela falava: isso quer dizer que você é um puta de um canalha sem escrúpulos. Como era gostosa! Queria foder aquela beldade. Trancá-la na biblioteca e passar a madrugada lá, só eu e ela. Daí eu ia pegar todos aqueles livros de marxismos sacais, espalharia-os pelo chão e deitaria-a nua sobre eles. Metendo na sua carne quente, encharcada, eu gritaria bruto: o que é melhor? Do que você gosta mais? Desses comunistas de merda ou do meu pau duro dentro de você? Duvido que ela fosse escolher a barba sebenta do Marx. E ela sussurrando em meu ouvido, mordendo o lóbulo: seu pau, seu pau. Apenas uma vez me aventurei. Fazia um calor dos bravos, daqueles de dar tesão até na alma. Ela vestia um shortinho bem curto. Não agüentei. Tasquei-lhe a mão na bunda. Durinha, bem torneada! Tomei gelo de uma semana. Depois disso, apelei pro meu colega Flávio, vizinho dela na república estudantil. Ele foi até o varal e furtou uma calcinha dela pra mim. Rosinha, com coraçõezinhos vermelhos. Uma delícia. Fiquei um mês inteiro no banheiro me punhetando com a calcinha dela no nariz, na esperança de arrancar um resquício de cheiro saído de suas entranhas. Ela só atiçava, na hora do vamos ver, era fiel. Queria saber mesmo era do Wagner, o barbudão, um babaca cheio de ideologismos. Que saudade daquela chiveta! Ouvi dizer que foi pra Inglaterra, trabalhar no Greenpeace. Deve de estar protegendo baleias, golfinhos. Cacete! Taí outro bicho por quem alimento um ódio mortal: golfinho. Bicho besta, metido a inteligente. Pulinhos, firulas, risadinhas. Toda sorte de palhaçada por uma migalha de agrado. Parece uma prostituta! É isso que o golfinho é: a puta dos mares. Embora não tenha dado pra mim, acho que amei aquela chiveta.

Aquele canalha
L’écologie est la médicine du monde. Com essa frase e um belo par de pernas à mostra conquistei meu cargo no escritório parisiense do Greenpeace. Defesa da fauna e flora marinhas. São assombrosos os crimes ambientais cometidos pela praga da proliferação humana. Praga da proliferação humana... Ele achava graça quando eu falava assim. O Marcos. Eu, estudante de sociologia. Ele, de administração. Que homem! Conquistava todas na faculdade. Inescrupuloso, não há dúvidas. Machista, antiecológico. Mas como era atraente. Era um homem ossudo, encorpado. O sorriso másculo, acanalhado, deixava à mostra os dentes grandes, claros. Ah, como me umedecia aquele sorrir. A verve do olhar impaciente, sempre à procura do próximo flerte. O perfume ainda me inebria. Um tanto selvagem. Assim era ele: um devorador selvagem. Tanto que abominava os animaizinhos frágeis, delicados, como golfinhos, beija-flores, pandas, coalas. Marcos admirava a brutalidade da natureza. Passava horas assistindo a documentários sobre animais ferozes: leões, tigres, jacarés. Hipnotizava-o o abrir das mandíbulas fatais. Tinha também incontrolável fascínio por vulcões. Dizia que os vulcões e suas erupções de fogo são a mais perfeita metáfora da mulher. Eu quis dar pra ele. Muitas vezes quis me entregar à sua rigidez máscula, montar seu falo, domar aquela misteriosa impetuosidade que brotava nos seus olhos. Mas relutei. Não nasci mulher de canalha. Além do mais, tinha o Wagner, meu ex. Um amor. Intelectual, pensador. Péssimo na cama, o pobrezinho. Só faltava pedir licença para abrir minhas pernas. Mas um doce. Meigo. Já o Marcos, ah... Como será o êxtase daquele homem? Repleto de urros, apertos? Sadicamente, eu o provocava. Num dia quente de verão, desses de dar tesão até na alma, coloquei meu shorts mais apertado e indiscreto. Ele encheu a mão em minhas nádegas. Como foi bom sentir sua mão pesada, ossuda, ávida. Estremeci, toda arrepios. Depois hesitei. Por uma semana desejei arrastá-lo para minha cama. Mas transpareci indiferença. Depois veio o Flávio, meu vizinho: olha, não gosto de fazer nada às escondidas. O Marcos me pediu para roubar uma calcinha sua do varal. Eu entreguei de bom grado. A mais bonita e sensual de todas. Porém, não sem antes lavá-la, esfregá-la, até extrair todo o odor. Não queria escravizá-lo com meu aroma mais íntimo. Marcos, delicioso cafajeste... O que terá sido dele? Disseram-me que se tornou um bem sucedido empresário. Acho que desejei aquele canalha.

______________________________

Extraído do blog Palavrórios - link


Pra ver como é a vida... um calar Eterno...

...
...

Um trago amargo...










É sempre essa maldita passividade que atormenta.
Essa falta de malícia, essa vontade de ter alguém por perto, por completo.
Preciso de proteção. Megalomaníaca proteção.
As roupas me escondem o corpo!
Os óculos, os olhos tristes!
A camisinha, dos perigos do sexo...
O alcool entorpece, alivia, destrói a sanidade, a amabilidade...
Os sapatos, protegem do asfalto quente e das dores dos espinhos cravejados em meus pés!
Mas quanto aos sentimentos, a paixão, sou um grande verme envolto em merda. Ser passivo. Me faz delirar de febre. Me faz sentir dor. Dor deveras. Sofro antecipadamente sem saber oque vai me acontecer.
Aquela pontinha de insegurança que me rasga por dentro como urubus em carniça. A velha criança com medo do escuro. Um velho fantasma.
Vinho, vago vinho!
Tragos de um cigarro feito de literatos.
A mais demoníaca expressão da incerteza fielmente se reproduz em mim.
Uma mente bloqueada para dias de sol e luxúria.
Tenho um amargor de xarope velho. Uma paz momentânea, o simbolismo das horas, a convulsão do epilético.
Entre um e outro, as escolhas erradas, as distâncias fatais, a gestação infindável de memórias mau armazenadas, um velho sótão abandonado. A fuligem. Pó, cinza de um escaravelho.
A morfina dos meus dias. Os dias em que eu sou mais nada. Os dias que eu sou tudo.
Descuidos de um coração flagelado, retirante... rumo ás cheias.
Mas que tentar, ah tentar custa quase nada.
Viver, viver quase tudo. Viver este mundo imundo, estes sonhos malditos...
Eis o pior de mim.
Eis o horror que habita em mim.
Maldita passividade. Maldito querer demais.

***

Trem Fantasma...



"Chuva, vapor, velocidade. Que mais? O trem passa veloz.
Carrega um letreiro com seu nome e um desafio: Catch me who can. Mais do que a locomotiva e seus vagões, são precisamente os sentidos históricos-culturais de seu trajeto - de sua aparição/desaparição - que se oferecem nessa viagem para ser apanhados por quem puder. Quem poderá? Num trem sempre haverá lugar para jogos surpreendentes de luz e sombra, para sequências de imagens e cortes imprevistos. Proust brincou um pouco assim, após embarcar naquele comboio da Gare Saint-Lazare com destino a Balbec.
Panoramas inacessíveis: como teria pintado Turner aquela mesma paisagem, se também estivesse dentro do vagão?
Por que as marias-fumaças, tão rapidamente como vieram, sumiram da face da Terra?
Não; retrocedamos um pouco ainda.
Comecemos de novo, pelo início da linha. Será que alguém acredita deveras em trem fantasma?"


---- trecho de Trem Fantasma - a modernidade na selva , de Francisco Foot Hardman.

pág. 48.




Abandono?
Não sei bem a palavra...

Não sei como conjugar o verbo negligenciar...

Quem souber por favor, me ensine...

...




Au revoir...

sexta-feira, 18 de setembro de 2009

Cuidado meninos!

Um ceguinho entra no consultório de um médico.

- Doutor, preciso de uma orientação sua.

- Desculpe, eu sou ginecologista. O senhor deve ter se confundido.

- Não, tem que ser com o senhor mesmo. Eu estou com uma dúvida e só um ginecologista pode me ajudar.

- Está bem, qual é a dúvida?

- É o seguinte, doutor: quanto mede um clitóris?

- Um clitóris? Mais ou menos meio centímetro.

E o ceguinho:

- Merda! Chupei uma pica.

Abre essa porta Pedro!





Rapaz, a mulher faz um barraco como ninguém...

Coitado do Pedro... ela é maníaca por chips...


ahuahauahauahuahauahuahauahuahauahuahahua

Nada como um bom barraco pra animar a vizinhança...

\o/\o/\o/\o/\o/\o/\o/\o/

Sangue, sangue, sangue!

Quero nadar em sangue!


ahuahauhauahauhauahauhauahuahauhauahauha

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Ostracismo




Jamais vão me deter
Jamais irão me calar...

Estou no meu tempo
No meu corpo
Nas minhas vestimentas simples, sem cortes refinados e costuras caras.

O Pós modernismo acabou com a ideologia do jovem.
Com a sua força política, com seus olhos adiante...
Até porquê as grandes correntes filosóficas já passaram. A rebeldia de outrora gera conformismo.
Apatia.
Fez o adulto esquecer da mocidade.
Fez a adolescência virar sinônimo de consumo e rebeldia sem causa... Sem leituras, sem manifestos, sem a "cara própria".
Escondem-se atrás de blogs, orkut's, com seus cabelinhos escovados e a maquiagem "da hora", provavelmente aconselhados por alguma revista popular adolescente, ou aquelas bandas "emocores".

De onde viemos e onde vamos parar?
Catatônica, presencio uma adolescência burra. Uma mocidade cada vez mais preconceituosa.
Miguxices erradas escritas em computador, o medo de se sentir deslocado.
Jovens que consomem produtos feitos por quem outrora foi jovem e gostaria de ter tido este estilo de vida...e que se tornou um adulto ridículo, tolo e inconformado com o tempo...
... A grande roda do desespero capitalista...

Compulsões por compras, a criança já sem infância...

Essa é a nova ordem, essa é a prova do jovem - burro - alienado - sem rumo e sem perspectivas...

Pós Modernismo... alguém entende?????????

Prefiro não entender...

Eric Hobsbawn poderia ter uma obra tipo: A Era das Não-Revoluções... A Era do Ostracismo... A Era do Emo Infernal...

Posso ser EU, e vc?



****************


Escreví isso pensando no programa da Rede Cultura - Café Filosófico. Vale a pena assistir!!!!!!!!!


Au Revoir!!!!!!!!!!

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

MBRD do C!!!!!!!!!!!!


Movimento de meninos???????????? Não... olha eu ali ó...

Arrastão rondoniense - eneh 2008!!!!!!!!!!!!!!

Faixa do movimento em Curitiba... Biriguete, ainda tem volta tá??????????????









MRBD do C...

Movimento Revolucionário Barca* Doida do Caralho...

Herdei a presidência desta porra há dois anos atrás.

Tudo era motivo para comemorações... Beberrões sempre... Solidários sempre...

Violões á mão... vozes bêbadas acompanhadas de Gustapira*...

Tradição lendária na universidade...

Mas eis que chega a hora de passar a faixa de beberrona-mor...

O último Gustapira preparado... as dores do parto...

Mas pensando sempre: eles vão continuar!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

Galera... lembrem-se: sorrir, beber, cair, levantar e vomitar faz parte... não deixem nossa tradição morrer... senão volto e peço sangue de verdade!


ahauhauahauhauahauhauahuhuhauahauhauahuahauhaua

Fernanda, bota quente mulher!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

Au Revoir...
_____________________

*1 - Barca = Festa
*2 - Gustapira = Bebida feita á base de limão, refrigereco, pinga e uma solução especial...

domingo, 13 de setembro de 2009

Maca-béa!




Tenho me sentido Macabéa... aquela nordestina da obra de Clarice Linspector... Pra quem não leu ainda, fica a dica - ler A Hora da Estrela - ... fala de existência, da não-compaixão humana, realidade nua e crua aos olhos de quem pode ver...

Um grito ensanguentado no fim do túnel...





Eis um trecho:

" (Quanto a escrever, mais vale um cachorro vivo.)

Devo registrar aqui uma alegria. É que a moça num aflitivo domingo sem farofa teve uma inesperada felicidade que era inexplicável: no cais do porto viu um arco-íris. Experimentando o leve êxtase, ambicionou logo outro: queria ver, como uma vez em Maceió, espocarem mudos fogos de artifício. Ela quis mais porque é mesmo uma verdade que quando se dá a mão, essa gentinha quer todo o resto, o zé povinho sonha com fome de tudo. E quer mais sem direito algum, pois não é? Não havia meio - pelo menos eu não posso - de obter os multiplicantes brilhos em chuva chuvisco dos fogos de artifício.

...

Se a moça soubesse que minha alegria também vem de minha mais profunda tristeza e que tristeza era uma alegria falhada. Sim, ela era alegrezinha dentro de sua neurose. Neurose de guerra. "






Também ví o arco-íris.

Será colorido da outra vez?

Não sei, vou esperar...




pontos, muitos pontos de interrogação agora, no já...


bjos...

Lolita!!!!!!!!!

sábado, 12 de setembro de 2009

Sonhar é preciso...




Despreocupadamente, levantei de uma noite de sono horrível. Vestí a roupa, amarrei o cabelo e sentí o chão gelado sob meus pés.
Podia ver os pesadelos ainda em minha frente como se fossem pequenos curta metragens colados pelo lado de dentro de minhas pálpebras. Bizarrice, não?
Não, não. Sonhos não são bizarros.
Nossa mente que é.
Seja o que for.
Seja qual for a circunstância, a mente trabalha com seus mais profundos desejos, medos e tristezas.
As fantasias da mente humana são absolutamente correspondentes ao real. Basta perceber.
Idealizações. Projeções. Lembranças e complementos de fatos... aqueles dias que não se quer esquecer com pitadas de "maravilhas". Os cheiros. Os sabores.
Já sentí dores em sonhos. E que me pareceram "reais".
Sinto tanta coisa por vir, tanta coisa que queria que fosse, que voltasse, que abraçasse...
Sonhos são uma realização virtual [ mental ] do que tu queres. Do que tu pedes.
Tenho sonhado com coisas boas.
Pessoas que chegam, pessoas que vão, pessoas que estão por vir...

A grande massa chamada cérebro... Fábrica de sonhos...
Dos Meus Sonhos...
Confortante.
Re- conflitante.

Abrir os olhos é doloroso, mas preciso.

Lembrei agora de um trecho de Helena, de Machado de Assis...

"A manhã entretanto não trouxe á Helena o esquecimento e a paz. A noite não lhe serviu de remédio, antes legou á aurora toda a sua mortal angústia. Debilitada, nervosa, impaciente, não podia a moça vencer-se ou suportar-se..."


Helenas Lolitas existem aos montes... Mas força é preciso...


********


Au revoir!

o/