sábado, 19 de setembro de 2009

Trem Fantasma...



"Chuva, vapor, velocidade. Que mais? O trem passa veloz.
Carrega um letreiro com seu nome e um desafio: Catch me who can. Mais do que a locomotiva e seus vagões, são precisamente os sentidos históricos-culturais de seu trajeto - de sua aparição/desaparição - que se oferecem nessa viagem para ser apanhados por quem puder. Quem poderá? Num trem sempre haverá lugar para jogos surpreendentes de luz e sombra, para sequências de imagens e cortes imprevistos. Proust brincou um pouco assim, após embarcar naquele comboio da Gare Saint-Lazare com destino a Balbec.
Panoramas inacessíveis: como teria pintado Turner aquela mesma paisagem, se também estivesse dentro do vagão?
Por que as marias-fumaças, tão rapidamente como vieram, sumiram da face da Terra?
Não; retrocedamos um pouco ainda.
Comecemos de novo, pelo início da linha. Será que alguém acredita deveras em trem fantasma?"


---- trecho de Trem Fantasma - a modernidade na selva , de Francisco Foot Hardman.

pág. 48.




Abandono?
Não sei bem a palavra...

Não sei como conjugar o verbo negligenciar...

Quem souber por favor, me ensine...

...




Au revoir...

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