domingo, 27 de setembro de 2009

Vaca!






Porque seu triunfo é maldito e frio como esta noite em que te escrevo!
Dele, tu não colherá flores...
Serão as dores de sempre, a fina faca amolada esperando a hora certa pra encravar a pele daquele...
Te amarrar, amordaçar, encaiporar tua vida...


Um grito, eu te xingo, eu vomito!
Um vômito ácido e nefasto...
Dissabores, cobertores...
Aqueles velhos valores, culpa minha, minha multa!
Um preço alto a se pagar, uma dor vã pra amargar!


Nosso gênero é forte e persistente.
Maldita!
Maldita hora, maldito dia, malditos todos!
Maldita mais eu. Sou eu.
Pobre endecha... que culpa tens da minha amarga cor?
Não é dor. é cor. de coração.
É o circo, já começou!

Ao fim, sempre, sempre lamentação, destruição.
Mais um naco e perco-o por completo.
Mais um naco e o vermelho-vivo faz-se por completo.
Coitado, é só um.
Coração!


Uma vaca alienada
Uma praga ali jogada
Um vento frio e encorpado...
Sentiu o gosto? É sangue...
De tua jugular, dos cabelos arrancados, dos lábios purulentos!
E teu velho argumento caindo nas águas do Rio dos Féretros...


Verdades x Mentiras
Mentir pra quê?
Causar dor? Ah, nisso vocês são profissionais.



Da próxima vez, vá pro México e faça uma novela das boas.
Vocês merecem!



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Sonhei com este texto noite passada e não sei como lembrei de todo o conteúdo...
Tá aí... macabro, digno de Byron...
Será que trago isso na alma?
Ficção ou não, uma vaca! Das mais safadas!
Ah, isso é!

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