sábado, 14 de novembro de 2009

Amada, amante.





Eu tenho muita dor de ódio.
Tenho ódio de você, com esse sorriso gentil de merda, me fazendo feliz quando não era preciso.
Este maldito sorriso, descobrí depois, é produto de dissimulação.
Amor de pica, só pode.
Quero que você desapareça e pare de piscar aqui na minha frente.
Cai fora, cachorro pestilento!
Por favor, se jogue de um penhasco, se dê um tiro no ouvido ou morra de um grito meu.
Que você fique impotente pra não transar mais com a puta.
Aquela Sua mulher. Sim, ela é puta. Não só uma, um bordel inteiro.
Claro, não posso ficar por baixo. Tenho orgulho. Vã, mas tenho.

Amor e ódio
Céu e inferno
Perto, longe.
Vinho e água.
Pão e circo.

Assim fomos nós. Assim continuamos sós.

Ela está aí. Eu sei.
Mas não é.
Entende?

Eu era. Viva. Agora. Morta.

Só me enterra por favor.
E com aquela lingerie que você adora. Juro, volto pra te buscar. Esse tiro é só mais uma "declaração de amor".
Eu sei, você me ama.


.....


na verdade, estou mesmo com dor de ódio.

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