quarta-feira, 17 de dezembro de 2008

Machado, Machadeana, Machadeanisses e por aí vai!


Acho que a minissérie Capitu, a trilha sonora e a montagem em sí me fez reviver um mundo literário de paixões, tristezas, melancolia e magia que permeiam minha vida.
Magia da leitura, magia mesmo!
E apesar da confusão, da incerteza que Machado de Assis nos apresenta em certas obras, com seus livros de um psicológico adorável, de níveis mentais psiquiátricos inimagináveis, de conseguir contextualizar uma época inteira: clero, sociedade baseada em interesses dos mais variados tipos (miserável por sinal, fechada dentro do Rio de Janeiro provinciano e de um imenso mau gosto de imitar a França...) sua obra é uma das minhas paixões. Minha tentação.

E eis que vejo Capitu.
E eis que ela mora dentro de toda e qualquer mulher.
Segredos.
Paixões.
Olhos dissimulados.
Ciganas. Aqui e acolá.
Mas que amam e são desperdiçadas todos os dias.
Morrem por causas.
Morrem por amores.
Morrem por filho.
Batalhas perdidas ou vencidas...

Somos Capitus!



Ahá! Isso talvez seja tolice minha... mas acho o Bentinho um puta de um idiota. Estragou a vida andando ás saias da mãe, de uma beatice infernal, perdeu o amor de sua vida e um filho.

Grande mente imaginativa. Quanta insegurança. Quanto medo.
Medo da verdade.
Medo da realidade.

Machado é Realista.
Eu também sou.


E você???????????



2 comentários:

Anna Rocha disse...

todas nós somos... mulheres sempre a beira da loucura, de fato, no caminhar entre o limiar da sanidade e da total falta de prudencia, caminhamos nós, mulheres apaixonadas pela vida, pelo gozo, pelo amor.. sim somos todas Capitus!

Anônimo disse...

Fortes, guerreiras, determinadas e rodeadas de um machismo desenfreado.
Mas fazer oque né? Somos Capitus. Capitus prossegem. Capitus diferem!