segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

Ar, sangue e flores!






É um dia daqueles.Vazio é cruel. Doentio até.
É, vazio mesmo!!!! De sentir, ver, imaginar o ar circulando nos pulmões.
Impressionista. Bizarra pintura.
Aspirais, curvas e tufões dentro do peito.
Agora é a vez do sangue. Ou a falta dele. Escorre denunciando perdas.
Olhos que choram o frio.
Estranho né?
Chorar o frio. Tá, eu explico.
Onde moro faz um calor surreal, e sinto um frio incontrolável.
Falei isso um dia á alguém e descobrí que o frio chama angústia.
Engraçado né? Pois é.
Casacos, cachecóis, gorros, luvas e lã. Muita lã.
Uma estranha em meio aos outros.
O frio é grande, acreditem! Será que tem cura?
Ou só a Eterna cura? Talvez acabe o frio.
Fechar os olhos e sentir uma leve brisa, um lindo campo de flores e a mão de alguém apertando a minha...
Parece coisa de Hollywood né? Uau! Cinematográfica... Parafernálias em ferro, Edward Mãos de Tesoura.
É assim mesmo que me sinto. Um Edward versão Eu.
Não há flores, brisa e muito menos a mão reconfortante.
Só sangue.
Olhos cansados. O corpo frágil e a mente cambaleante.
Bêbada, talvez.
Sentar e esperar a cura.
A cura da vida, e do porre.

[Fiz isso na madruga, sem sono, mais de meia garrafa de bebida consumida e uma dor insuportável. Dormí sentada com a caderneta na mão.]

Mas dormí!

O/

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