domingo, 4 de julho de 2010

Patricia


Peço todos os dias pra não encontrá-lo. Todos.
Quando ele passa do meu lado, o mundo pára: tic tic tic tic tic. O disco riscou.Hoje foi um desses dias.
Eu volto, volto, volto á adolescencia.
Onde eu era a amiga sem coragem de declarar tudo. O sentimento que perdura até hoje. O sentimento que jamais irei sentir por alguém. Talvez não tenha sentido nem pelo pai do meu filho, reles figurante de uma farsa.
Sei que faz uma Era inteira que não venho por aqui, desculpem. Mas é que fatos como esse, que me deixam sem ação merecem ser confessados.
Amei [presente] meu amigo. E por conta de um sentimento tão honesto, não fui em frente. Não gritei com ele, não berrei, não chorei por ele as lágrimas que devia ter chorado. E hoje, quando passo por ele, uma ou duas vezes ao ano, meu coração pede pra que ele também esteja solitário. Mas não está.
Tomamos rumos diferentes e o fim de tudo isso, de toda essa loucura vai ser somente a lembrança de uma noite, uma apenas, em que eu pude dizer tudo, tudo. E ser correspondida. Por uma noite apenas. E que ao raiar do dia, saí silenciosa, pra que o encanto não se quebrasse. Não consigo olhar nos olhos dele, nem falar, nada. Medo de gritar, de pegar sua mão e sair correndo pro fim do mundo. Mero devaneio escroto. Mas ele sabe. Estarei aqui.
Hoje, quem vem aqui confessar, não é Lolita, caros leitores.
É Patricia mesmo. A dona deste blog, que apesar dos tics e tacs do relógio. Pára no tempo. Pra amar.

3 comentários:

Mercuryo disse...

Patricia sempre foi mais linda q Lolita.

Anne disse...

Saudades da Patrícia, da Lolita, da Lola, da Vizinha, da Madrinha, da Libidinosa...

Bjus sempre.

Rodrigo Vignoli disse...

nossa.
quis dizer "eu te entendo", mas acho que não: por orgulho mesmo, sabe?