quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Florbela Espanca


Eu

Eu sou a que no mundo anda perdida,
Eu sou a que na vida não tem norte,
Sou a irmã do Sonho, e desta sorte
Sou a crucificada… a dolorida…

Sombra de névoa ténue e esvaecida,
E que o destino amargo, triste e forte,
Impele brutalmente para a morte!
Alma de luto sempre incompreendida!…

Sou aquela que passa e ninguém vê…
Sou a que chamam triste sem o ser…
Sou a que chora sem saber porquê…

Sou talvez a visão que Alguém sonhou,
Alguém que veio ao mundo pra me ver
E que nunca na vida me encontrou!


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Escritora portuguesa voltada para o melancólico, dramático. De uma sensibilidade assustadora, que eu simplismente sou incapaz de descrever.

Encontrei um blog que contém poemas e informações sobre a mesma. Vale muito, muito a pena conferir. Linklinklinklink

Eu sei que ando meio estranha, meio por fora do que é a proposta deste humilde blog, mas é que quando a dor é demasiadamente estrangulante, não consigo escrever nada meu. Nem rabiscos. Nada. Tentarei alguma coisa, prometo. As coisas não vão bem e eu preciso limpar o chão. O sangue coagulou e tem que lavar. A preguiça não deixa.

Eu diria que, certos dias é melhor calar.

E ah! Não esqueçam de comentar minha foto lá no MiniContos Perversos... quero o livro galére!

bjos á todos e todas!




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