A cigana olhando o flamejar do fogo
A cigana olhando o cigarro queimar por entre os dedos, perdida em pensamentos...
A cigana pensando que o dia amanhece e o sono não vem
A cigana passando pela vida
A vida passando por ela...
O fogo lembrando desejos
O fogo queimando por dentro
O rosto em brasa por fora...
Por fora e por dentro a cigana pensa que está sozinha
Que assim será enquanto ela não calçar as chinelas e sair pra dançar!
O toque do tambor...
Dois toques apenas, dois toques suaves, dois toques atrevidos...
O toque era, pois, o vento:
- Levanta-te, roda tua saia e vai espalhar desejos por aí... lê a mão de algum desgraçado que ainda acredita na sorte...
Mas o sussuro veio de tão longe que ela assim permaneceu, deitada na beira do fogo na velha esteira de palha...
Queimou-lhe por inteira...
Pobre cigana!
Cansou de ler a sorte alheia!
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Bjos a todos!
Loli, Lolhiiiiiiiiiita!
O/
Um comentário:
Isso tem algo de pessoal nisso, pelo que percebi...
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